Informação gera estresse – 5 pontos de atenção!
Published by Rogério Ribeiro on
Em uma visita ao veterinário, percebemos – logo na recepção, que nosso pet ficou muito agitado. Embora estivesse doente e até um pouco fraco, ele ficou muito estressado ao adentrar a clinica. As pessoas ficaram olhando assustadas com medo que ele se soltasse.
O veterinário explicou que foi uma semana movimentada e muitos cães haviam passado por lá. Ainda explicando, disse que o olfato de um cão é tão incrivelmente apurado e sensível que ele conseguia sentir o cheiro de todos os cães que haviam passado na clinica naquela semana.
Sendo assim, por instinto, nosso cão achava que atrás da porta – entrada do consultório veterinário – estariam vários outros cães. Ao receber essa informação, ficou estressado, preparado para atacar ou se defender.
Já pensou como seria se, nós – seres pensantes, consumidores de internet, tivéssemos um olfato tão apurado como o de um cão? Uma capacidade de captar quantidades enormes de informação sem escolher. Só de chegar a um ambiente. Pois é…
Isso também acontece conosco de forma diferente. Não temos um olfato super apurado, mas temos criado muitas tecnologias ao longo do tempo. Elas ampliam nossas capacidades de capturar, organizar e analisar informações.
A informação é um poderoso agente estressor. Ela nos leva ao movimento, à tomar decisões e atitudes, ou não! De qualquer forma, é um recurso que possibilita a adaptação ao meio em que vivemos. Informação provoca estresse. Desde a leitura de uma noticia até o soar de uma buzina no trânsito. Algumas Informações exigem ações imediatas – não podem ser ignoradas, e nosso cérebro é treinado para isso. Coletar informações, processar, decidir e agir.
À medida que não conseguimos dar vazão – em termos de decisões e ações, para todas as informações coletadas, é quando nos sentimos estressados.
É preciso cuidado ao tratar os dados corporativos, garantir a qualidade dos processos para que esse papel da informação possa ser cumprido com eficácia.
Por esse motivo, elencamos 5 cuidados com a produção de informação. Esse poderoso agente estressor:
1. Tenha cuidado com a origem dos dados
Padronize as entradas de dados. A melhor forma de fazer isso é ter um sistema de gestão integrado. Um sistema ERP vai materializar os processos da organização. Um CRM vai escalar o relacionamento com o cliente.
2. Dados, assim como processos, precisam de donos
A interação entre a área de tecnologia e as áreas de negócio é fundamental. O especialista do negócio deve considerar as reais necessidades e não decidir por processos ou cadastros, pensando em atender situações pontuais ou necessidades de um único interessado (provisório para sempre). Ele é responsável por apresentar as dores e oportunidades do mercado.
3. Mantenha fontes de dados integradas e analíticas (detalhadas)
Ao construir indicadores de resultado ou de performance, é importante que essas métricas tenham origem em bases de dados analíticas, que possam ser consultadas e auditadas ao longo do tempo. Isso garante a confiabilidade dos indicadores. A construção de um Data Mart vai consolidar essas fontes de dados heterogêneas.
4. Visualização em diferentes níveis
A melhor forma de garantir essa visualização é por meio da modelagem dimensional, independente da ferramenta de visualização. A disposição dos dados em hierarquias é que possibilita ferramentas de visualização (como Power BI) a realizar o drill down, drill up (detalhar a informação, alternando entre seus níveis hierárquicos).
5. Desenvolva o senso crítico, seja seletivo com as informações
Ao iniciar uma cultura de gestão por dados, é preciso aplicar o senso crítico e o aprendizado contínuo para refinar as informações úteis ao negócio. Informações que não podem ser ignoradas.
Conclusão
Portanto, a informação como um agente estressor precisa ser tratada com cuidado e atenção, a tendência é que a quantidade de dados sempre aumente. Uma organização é um sistema complexo e como tal, as relações de causa e efeito nem sempre estão muito claras. Dados, pessoas e processos formam os pilares para uma estratégia de gestão por dados. É preciso refinar as informações que realmente fazem alguma diferença nos resultados.